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Um Segredo que Todos Precisam Saber - Maurício Artur Berger

Volume 1, Artigo 1 - Junho de 2019 - (Escrito por Maurício Artur Berger)
 

1 O que é um segredo? — SEGREDO é a forma de se manter uma informação valiosa em sigilo absoluto, oculta ou selada, sem permitir que se torne público, até que se permita revelar. No Novo Testamento da Bíblia Sagrada, encontramos inúmeras vezes a palavra grega my·sté·ri·on traduzida por “segredo sagrado”.


2 No Dicionário Expositivo de Palavras do Velho e do Novo Testamento, de Vine’s (em Inglês), encontramos a seguinte explicação: “No [Novo Testamento] my·sté·ri·on denota, não o misterioso, mas aquilo que, estando fora do âmbito da compreensão natural desassistida, somente pode tornar-se conhecido pela revelação divina, e é dado a conhecer dum modo e num tempo designados por Deus, e somente àqueles que são iluminados pelo Seu Espírito.” — 1981, Vol. 3, p. 97.


3 Segundo o texto de Provérbios 25:2, “a glória de Deus está em manter seus assuntos confidenciais em secreto, ou selados”. — Já no texto de Romanos 16:25-26, somos informados dos métodos que Deus usa para dar a conhecer seus segredos que por tempos de longa duração tem sido guardado em silêncio até o momento de serem abertos ao entendimento dos filhos dos homens.


4 Assim, como Supremo Governante e Criador, Jeová, sem dúvida, mantém muitas coisas em segredo até que o tempo predeterminado por Ele chegue para revelá-los à humanidade por meio de Seus servos, os profetas (Amós 3:7). Entre seus segredos está aquele que está oculto nas revelações de João, que o Senhor Jesus Cristo propôs revelar somente na dispensação da plenitude dos tempos, e que nos permitirá obter a correta compreensão do surgimento do Livro de Mórmon no século XIX e do Livro Selado (...), o qual temos disponível entre nós uma pequena parte neste momento da história da restauração, expondo ainda mais a incomensurável sabedoria de Deus em manter seus assuntos ocultos, a fim de revelá-los em momentos oportunos da dispensação do evangelho em que vivemos agora.


O que simboliza o pequeno Livro aberto descrito no texto de Apocalipse 10:2?


5 Lemos, no livro de Apocalipse 10:7, que “Nos dias em que o Sétimo Anjo tocar a sua trombeta, então terá sido levado a término o Mistério de Deus segundo as boas novas do Evangelho que ele declarou aos seus próprios servos os profetas”.


6 Na própria contemplação de João do “Anjo Forte”, no relato do capítulo 10, versículo 3, anterior ao versículo 7, João é interrompido por este mensageiro celestial com “Clamor e alta voz, semelhante a um leão quando ruge. E quando clamou, ‘Sete Trovões’ proferiram suas vozes”.


7 Sendo que ainda lemos no versículo 4: “Ao falarem os Sete Trovões”, eu ia escrever, mas ouvi uma voz do Céu dizer: ‘sela as coisas faladas pelos Sete Trovões, e não as divulgue’ (Apocalipse 10: 4). Em relação aos sete anjos no contexto do capítulo 1, versículo 20 de Apocalipse, Joseph Smith Jr. ensinou que a palavra “anjos” descrita como que estando na mão direita de Cristo, na verdade se refere a mensageiros humanos, preordenados a nascer na Terra “a fim de ensinarem seus mandamentos aos filhos dos homens para que estes também pudessem entrar no seu descanso” 1, mas que fora igualmente alterada em seu contexto, assim como se deu com outros textos das escrituras com o passar do tempo, logo nos primórdios da igreja católica. De modo que Joseph, ao corrigir a Bíblia com o poder e Dom de Deus, alterou a palavra “anjos”, para enfim comportar novamente a palavra “servos”. — Alma 13: 6


8 Estes sete servos, porém, cujas designações e chamados na Terra representam os ‘Sete Trovões’ descritos no livro de Apocalipse, conforme temos nos ensinamentos de Joseph Smith, correspondem aos sete profetas, que não somente presidiram suas próprias dispensações, mas deram início a elas, cada qual em seu respectivo tempo, que por Deus fora predeterminado, trazendo consigo novas verdades e importantes boas novas ao povo de sua época, bem como novas leis e mandamentos no que diz respeito às ordenanças do evangelho eterno do Cordeiro de Deus.


9 Tudo isso nos traz de volta ao texto de Apocalipse 10: 4 sobre as palavras dos "Sete Trovões" que agora entendemos serem sete profetas, legisladores das leis e ordenanças do evangelho eterno de Deus em suas próprias dispensações. Entre as palavras desses profetas; João, o Apóstolo, que está escrevendo o livro de Apocalipse, é ordenado a SELAR e guardá-las para o tempo do fim, quando Cristo vier ao Seu Templo e lá abrir os sete selos restantes nas placas de Mórmon, conforme profetizado no texto de Apocalipse 10: 1-5.


10 Dentre as palavras desses sete profetas, logicamente podemos concluir que, por causa deste livro selado que temos em mãos, uma delas corresponde a uma mensagem do próprio Moisés. E não pensem que estou falando deste “Livro Selado de Moisés” que temos agora. Definitivamente não! Antes, eu estou falando da parte em que Morôni diz: “28 Mas dentre todo registro de Moisés, meu pai Mórmon, compilou apenas um resumo, deixando de lado as profecias e ressaltando para um sábio propósito futuro, as questões relacionadas ao sacerdócio de Melquisedeque entre o povo do convênio, desde o princípio até o final de todos os tempos preconcebidos, porquanto o conteúdo restante deste livro de Moisés, estará nas placas que serão reveladas somente quando Cristo vier ao Seu Templo nos últimos dias”. — D&C 38:22; D&C 42:35-36; D&C 65:5-6; D&C 133:1-25; Malaquias 3:1


11 Dos sete selos que não serão abertos por ninguém além do próprio Cristo (Apocalipse 5:4-5), é claro para nossa compreensão atual que haverá em seu contexto os registros de sete grandes profetas, e um desses registros, como lemos nas palavras de Morôni, é indubitavelmente as profecias retidas do grande Moisés, o que corrobora o entendimento de que Moisés é um dos sete trovões descritos na revelação de João e que suas palavras no livro selado que agora temos correspondem a um terço de uma verdade importante a ser revelada nos últimos dias, e está ao lado dos registros de outros profetas sob os sete selos que serão abertos por Cristo, como podemos ler nas Palavras de Morôni, versículo 37, do Livro Selado.


12 Por sua vez, temos esta terça parte das revelações de João a ser revelada em breve, uma vez que estas constam nas 42 placas cujos selos foram rompidos em março de 2018, frente às testemunhas. O que nos permite entender, mediante leitura de Éter 4:15-18, que o restante dessas 42 placas, contendo um terço das revelações de João, só irá surgir após o povo do convênio rasgar esse véu de incredulidade que os leva a permanecer nesse terrível estado de iniquidade e dureza de coração e cegueira de mente (isso só será possível através dos Núcleos de Estudos da Parcela Selada). Certamente, foi por esse motivo, que Deus, em sua vasta sabedoria, trouxe esta pequena parte que temos hoje como sendo o “Livro Selado (...)”, para nos libertar de nossas tradições e cegueira de mente, alma e coração.


13 Ou seja, João fora impedido de divulgar em seus dias essa mensagem altamente simbólica, assim como a mim fora dado ordem de não traduzir esta terça parte das Revelações de João nos dias atuais; pois seus símbolos representam segredos de Deus, a serem divulgados somente em um período futuro, dias esses, em que o desenrolar da profecia referente ao livro selado das revelações de João, tal como transcrito em Éter 4:15–16, no Livro de Mórmon, estará em harmonia com as palavras de Jesus descritas nesse contexto, em relação a um povo que invoca ao Pai em Seu nome, tendo um coração quebrantado (arrependido) e um espírito contrito. — Lendo no Livro Selado as palavras de Morôni, versículo 18 compreenderemos melhor essa questão.


14 Repetindo de forma clara e resumida o que acabei de relatar, o versículo 37 das palavras de Morôni, no que diz respeito ao Livro Selado (...), afirma que um terço das revelações de João consta neste conjunto de 42 placas, cujos selos foram rompidos diante das testemunhas que vieram dos EUA ao Brasil, em março de 2018, deve ser revelado assim que o povo exercer fé nesta primeira parte do Livro Selado (...) que nos foi dada em 06 de abril de 2019, conforme podemos ler e compreender no versículo 42 das palavras de Moroni, onde afirma de forma clara e inequívoca que “...estas poucas coisas que serão extraídas do primeiro conjunto selado, ‘antes de ser todo livro conjuntado’ em um período posterior de tempo, já serão suficientes, para despertar a fé nos seguidores de Cristo...”. Sendo que é coerente presumir que o restante da mensagem de João no que diz respeito as palavras dos “sete trovões”, assim como se dá com as profecias de Moisés, será revelado somente quando Cristo vier ao Seu Templo.


15 No ínterim, depois de terem soado a voz dos Sete Trovões, Jesus prediz para João a época em que este livro selado seria revelado aos filhos dos homens; pois, enquanto ele transcreve a revelação do Apocalipse, o Anjo lhe fala novamente, afirmando que será numa época em que “Não haverá mais demora”. — Apocalipse 10: 5, 6


16 Sendo que a palavra grega traduzida nesta escritura por “Demora” é Khró-nos, de onde se originou a palavra “cronologia”, e literalmente seu significado está associado a “Tempo”, de forma que algumas versões da Bíblia vertem este contexto para a frase, “não haverá mais tempo”.


17 Outrossim, a palavra Khró-nos usada por João na sequência do contexto que estamos estudando (Apocalipse 10:6), é empregada por ele sem o artigo definido; de modo que não significa “O Tempo”, mas “Um Tempo”, ou melhor formulando, “Um Período de Tempo”, ou seja, “Uma Dispensação”.


18 Frente a isso, fica fácil retificar esta declaração em Apocalipse 10:6, a qual deve ser lida na íntegra: “Não haverá mais dispensação” — Outrossim, ele está mencionando “a última dispensação”, período esse, em que vivemos agora. Ou seja, não haverá após isso outra oportunidade de arrependimento, assim como tem havido com o passar das eras de uma dispensação, pois esta é a última convocação.


19 Neste contexto profético de Apocalipse, enquanto João aguarda o toque da sétima trombeta, o qual levará a término o “Segredo de Deus”; o apóstolo João recebe uma tarefa adicional ao que havia visto referente ao “Livro Selado”, mencionado em sua revelação, de forma prefigurada como sendo a parcela selada das placas de Mórmon, predito na profecia de “2º Néfi 27: 21 – 26”. — Vamos ler.


20 “E a voz que ouvi sair do céu falou novamente comigo: ‘Vai e toma o “Rolo Aberto” que está na mão do Anjo, o qual está em pé sobre o mar e sobre a terra. Toma e come-o, e ele fará o teu ventre amargo, mas na tua boca será doce como o mel’. E tomando o ‘Rolo Pequeno’ da mão do Anjo; comi, e de fato era doce como mel na minha boca, mas quando o comi, meu ventre ficou amargo”. — Apocalipse 10:8-10


21 E disse-me o Anjo: “Tens de profetizar ‘outra vez’ com respeito a povos, e nações, e línguas, e reis”. — Apocalipse 10:11


22 O que se passa com João é um tanto similar ao que se deu com o profeta Ezequiel durante seu exílio na terra de Babilônia. A ele também se mandou que comesse um rolo que era doce na boca; mas quando lhe encheu o estômago, “tornou-se o responsável pelas ordenanças da Casa de Deus que haviam sido alteradas pela nação eleita de Israel." - Ezequiel 3:17-18


23 De forma similar, o “Pequeno Rolo Aberto” que o glorificado Jesus dá na visão de João é o “Livro de Mórmon” — “Pequeno”, porque, tal como podemos constatar em “3 Néfi 26: 8 – 10”, corresponde a menor parte do conjunto de placas que compõe o Livro de Mórmon em sua inteireza. — Leiamos.


24 Além de pequeno, o rolo dado a João também é prefigurado pela palavra “Aberto”; isso se dá, porque o mesmo representa a parte que não fora selada das placas de Mórmon, ou seja, o próprio Livro de Mórmon entregue aos filhos dos homens em meados do século XIX, não necessitando que esta primeira parte da tradução das placas feitas por Joseph Smith Jr. permanecesse fechado aos olhos do mundo, assim como se dá com o texto já revelado da parcela selada traduzida desse conjunto de antigas escrituras, mas que ainda permanece selado ao entendimento daqueles que não tem o desejo de saber a verdade dessas coisas reveladas a nós pelo poder e dom de Deus nesses últimos dias.


25 Por sua vez, o Livro de Mórmon é similar à mensagem de Ezequiel ao povo da Terra, pois haveria de servir “outra vez” de boas novas com respeito a “Povos, e Nações, e Línguas, e Reis”. — Apocalipse 10:8 – 11


26 Comer este “Pequeno Rolo”, portanto, representa ser doce ao paladar espiritual, pois as palavras do “Livro de Mórmon”, de fato, procedem de fonte Divina.


27 Contudo, vemos na sequência do relato de João que ao digerilo ele torna-se amargo no ventre de quem o consome, porque assim como se deu nos dias de Ezequiel, o “Livro de Mórmon”, prefigurado qual “Rolo Pequeno” nesse contexto descrito por João, não traz consigo somente bênçãos e privilégios a todos que se deleitam em suas palavras, antes, sua mensagem torna responsável a todos que nele creem, de guardar de forma incondicional os mandamentos e as ordenanças de Deus da forma como consta registrado em suas páginas.


28 Caso contrário, o relato de Apocalipse está a dizer de forma simbólica que se houver entre aqueles que se utilizam desse antigo registro para justificar os alicerces em que baseiam a sua fé, apenas um resquício de heresia frente aos seus ensinamentos, já é o suficiente para reverter o que outrora era doce em algo amargo a estes que o propagam deliberadamente segundo os seus próprios preceitos e não mais de acordo com a vontade de Deus.


29 Assim, aquilo que João vê e relata no Livro de Apocalipse, prefigura os “Primórdios da Restauração”; quando, em 1830, os pioneiros passam a divulgar à humanidade o conteúdo deste “Pequeno Rolo Aberto”. Ou seja, uma pequena mensagem que deveria ser propagada abertamente aos povos da Terra, em preparação a uma grande verdade que ainda estaria por vir com o surgimento do registro selado das placas de Mórmon, tal como consta no texto de “3 Néfi 26: 9 –10”.


30 Igual ao que vira João, os pioneiros tinham de pregar a “Povos, e Nações, e línguas e a Reis”; trazendo consigo uma mensagem doce, ou amarga para uma civilização infiel — a humanidade.


31 De fato, se não despertarmos agora, qual povo de Sião nestes últimos dias, para o que nos revelam as escrituras das quais derivam a nossa fé, e não vivenciarmos os verdadeiros estatutos do Livro de Mórmon e das revelações de Doutrina e Convênios, dados nos primórdios da restauração ao profeta Joseph Smith Jr. até a última revelação recebida por seu filho, Joseph III; então, permaneceremos sob a condenação proferida sobre os filhos de Sião, descrita em “D&C 84: 52-61” — Leiamos.


32 Frente a isso, a própria Igreja não será digna como povo, tal como profetizado em 3 Néfi 26: 8-10 de recebermos esta “Outra parte que fora Selada do Livro de Mórmon provinda do restante das 42 placas na qual se encontra um terço das Revelações de João ainda por vir” e com isso, somente a um remanescente grupo de membros da Igreja, tal como prediz a profecia de “Apocalipse 12:17”, que não endurecer seus corações quanto a essas coisas, tal como vemos no Livro de “Alma 12: 9-11”, poderão receber a parte maior deste livro que temos como sendo o Livro de Mórmon.


33 Por fim, não podemos supor que Deus, ao abrir uma dispensação, tencione apenas a evolução de conhecimento puramente religioso entre nossos semelhantes; uma vez que eu, juntamente com as três testemunhas que viram Morôni, constatamos que os mensageiros que nos visitaram são detentores de elevada tecnologia, a qual está sendo estendida aos filhos dos homens com o passar das eras a possibilidade de atingir tal grau de evolução e com isso, julgamos que será utilizado algum tipo de tecnologia e nanotecnologia avançada, para que possamos efetuar no grande milênio a obra de reestruturação molecular de todos os nossos antepassados já falecidos, juntando informação do nosso genoma humano e interligando-os às informações genealógicas que hoje estão sendo coletadas com precisão por nossos irmão LDS, a fim de ressuscitá-los em meio aos nossos ofícios nos templos da restauração, conjuntando ciência com o poder do Sacerdócio procedente da Ordem do Filho Unigênito do Pai, ou mesmo em relação àqueles que sobreviverão ao grande e atemorizante dia de Jeová, mas que necessitarão de uma reconstituição de órgãos, medulas, ou mesmo a recomposição de membros e outras tantas operações que serão efetuadas com a finalidade de tornarem perfeitos os filhos dos homens no período denominado de grande milênio. Se trata, portanto, de uma soma de todos os nossos campos acadêmicos, exercidos em conexão com nosso conhecimento e autoridade espiritual.


34 Este tópico, no entanto, será considerado no próximo artigo, cujo tema explicará quem são nossos ajudantes neste trabalho e cuja promessa feita por Morôni transcenderá em tamanho e força o trabalho de restauração que conhecemos hoje na atualidade.

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